Meu nome é Júlia, sou formada em psicologia pela PUC-SP. Atendo pela linha da Fenomenologia, mas meu caminhar na psicologia passou também por outros campos. Tive diversas experiências através da Psicologia Social, no terceiro setor, atuando em UBS e em ONG de educação popular. Essas vivências formaram meu olhar crítico, lembrando que cada sujeito, cada território, tem uma forma de ser, estar e se relacionar com o mundo, e que antes de qualquer tipo de intervenção, é necessário deixar em suspensão o que já sabemos para que essas maneiras de existir possam emergir e ser realmente compreendidas.

Além disso, a Psicologia do Corpo foi muito importante na minha formação. Foi a partir dela que vivenciei uma clínica que constrói uma escuta atenta para além da palavra. Pinturas, desenhos, argila também são formas de expressão que encontram espaço na clínica. O próprio corpo fala o tempo inteiro com a gente, mas será que sabemos escutar o que ele nos diz? Essa abordagem me ensinou técnicas e ferramentas para afinar essa escuta. Cada pessoa tem sua linguagem, e ser formada para acolher todas elas ampliou muito a minha clínica.

Uma psicóloga não se forma apenas através da psicologia. Minhas vivências pessoais também fazem parte do meu eu profissional. Gosto muito de dar espaço para o meu lado artístico: bordados, pinturas, fotografia e circo. Amo fazer trilhas. Sou curiosa e me inte­resso por muitos assuntos, como saberes ancestrais, sonhos, simbolismos, mitologias, narrativas, memórias, tecnologias populares, religiosidades, sustentabilidade e emergência climática.

Esse é um pequeno resumo sobre mim, e acho importante compartilhar porque essas vivências, estudos e formações são as raízes do meu trabalho. É a partir delas que construo a forma como escuto, acolho e me conecto com cada pessoa que chega.